sábado, 6 de setembro de 2008

Comida viva

globo reporter   5/09/2008
 
Comida viva
 
 
Reportagem: Ismar Madeira (Campos do Jordão, São Paulo)

Prato do dia: verduras, legumes, frutas e sementes germinadas. É a comida viva!

"Eu tomava remédio para pressão e não tomo mais. Emagreci dez quilos com uma alimentação natural que qualquer um pode fazer em casa", conta o aposentado Orlando Asse dos Santos.

Não é milagre. É o resultado da orientação médica, que seu Orlando recebeu em um posto de saúde de Campos do Jordão, em São Paulo. Tudo de graça, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Foi com o médico Alberto Gonzalez, pesquisador da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que ele e muitos outros pacientes começaram a aprender que comida é remédio.

"Há influências bastante claras na obesidade, na constipação, na inflamação crônica, na dislipidemia – que é o desequilíbrio do colesterol –, nas doenças gastrointestinais e respiratórias e no diabetes", aponta Alberto Gonzalez.

Mas, afinal, o que é comida viva? A receita é simples: nada pode ser cozido, frito ou assado. Os alimentos são de origem vegetal. E para começar bem o dia, um suco poderoso.

Se uma pessoa que não tem uma doença diagnosticada nem se sente mal resolver experimentar esse alimento vivo, que resultados vai sentir?

"É muito importante que eu, me apresentando como médico, diga que alimento vivo é bom para quem está doente, mas o alimento vivo é uma alimentação para quem está sadio e quer se manter sadio", esclarece Alberto Gonzalez.

Decidi experimentar. Em dez dias, que resultados eu veria?

"Em dez dias, vai haver uma grande liberação de água do seu corpo. Muita água retida vai ser eliminada. Você também vai notar mudanças no âmbito da digestão e da disposição, principalmente após as refeições, Você vai se sentir muito bem disposto", adiantou Alberto Gonzalez.

Doutor Alberto troca o jaleco pelo avental. Hora de arregaçar as mangas e mostrar como se prepara o suco. "O grande equipamento é um liquidificador. Depois de tudo lavado, você começa a fazer o suco. Primeiro, picota o pepino. O pepino vai para perto da hélice, porque ele é um grande gerador de água. Aí vem a maçã. Vamos extrair a água do pepino, da maçã e das verduras orgânicas disponíveis com uma cenoura. E, finalmente, as sementes de girassol germinadas. Você pode usar só trigo, girassol, quinoa, gergelim, amêndoa. O ideal é a semente germinada", ensina Alberto Gonzalez.

Este é o grande segredo da comida viva: grãos germinados. E se você já está se perguntando como vai fazer para conseguir essas sementes, não se preocupe.

"Em seguida, coamos. Fica uma massa consistente. É um coador de voal, que qualquer um pode ter. As pessoas com mais recursos usam uma centrífuga. É o café da manhã. É bom que seja um copo grande. Tem pão, manteiga, café e leite, só que em forma natural, viva e repleta de nutrientes vivos", ressalta Alberto Gonzalez.

Não é um suco ralinho, parece um leite ou algo muito cremoso. É em um casarão que doutor Alberto Gonzalez ensina receitas de alimentos vivos. Alguns pacientes são encaminhados para o local e aprendem que, além do suco, podem fazer pratos coloridos e saudáveis, como a caldeirada de frutos do mato.

Legumes ralados, picadinhos. Basta prensar os alimentos, uma técnica feita com as mãos, para controlar a temperatura da panela. Afinal, nos chamados alimentos vivos, legumes e verduras não podem ser cozidos.

"Se começar a queimar as mãos, tem que desligar. Se não queimar a mão, não vai queimar os alimentos também", explica uma funcionária do hospital.

"A carne é uma questão de herança cultural. Eu não vou chegar em uma aldeia de pescadores e dizer: parem de comer peixe. Comam o peixe, mas incluam na sua vida os alimentos que vêm da mãe terra. Porque eles vêm com a informação que você precisa", diz Alberto Gonzalez.

"Não posso dizer que sou vegetariano. Uma vez por mês eu não recuso um churrasquinho, mas também não sou escravo da alimentação. Como tudo que eu gosto, com uma certa regra", conta seu Orlando.

"Sempre digo que tudo que é verde faz bem para o que é vermelho. Quem está com doença cardiovascular volte-se para o reino vegetal. Alimente-se de tudo que é verde possível que a recuperação cardiovascular vem a reboque", aconselha Alberto Gonzalez.

Em casa, seu Orlando segue a orientação diariamente e faz questão de plantar suas verduras: "Eu aproveito qualquer cantinho. Uma jardineirinha da loja de R$ 1,99, um pouquinho de terra e brota um trigo bonito".

A grama de trigo usada no suco nasce de sementes comuns compradas no supermercado e simplesmente jogadas por seu Orlando na terra. "Todos os espaços, o quintal do vizinho, por exemplo, eu coloquei trigo há 15 dias e já está nascendo. Temos couve e outras hortaliças espalhadas no meio da vegetação. Uso de sete a oito qualidades para fazer o suco por dia", conta.

Será que é mesmo tão fácil assim? Nos dez dias em que testamos o suco também experimentamos a preparação dele, até em cozinhas de hotel. Se eu consegui, qualquer um consegue.

Mas, antes, é bom lembrar: estávamos no restaurante de um hotel na cidade turística de Campos do Jordão, e as tentações estavam servidas. Eram 9h. Eu jantei no dia anterior, às 20h30. Ou seja, havia mais de 12 horas. O estômago já estava reclamando. A mesa do café da manhã era farta. Em vez de optar por tudo o que eu normalmente comeria, fiquei só com as frutas e o suco verde.

Logo pegamos a estrada. Acompanhamos doutor Alberto Gonzalez até a casa de um paciente. A viola dá o tom. O lavrador Benedito Vicente da Rosa leva uma vida simples. Mora com a mulher no alto de uma colina, em um lugar onde não tem luz elétrica. Mas sobram ar puro e produtos tirados da terra sem agrotóxicos. Faltava saber como aproveitar todos os seus nutrientes. Foi o que seu Benedito aprendeu nas consultas pelo SUS. Visitas periódicas fazem parte do Programa de Saúde da Família.

Há um ano, o lavrador mal conseguia ir ao posto de saúde, por causa de uma trombose na perna esquerda, uma ferida enorme não cicatrizava.

"Estava muito machucado, era uma ferida só. Tinha um roxo que parecia uma lesão só. Tomei o suco e fechou tudinho, foi uma beleza. Eu já estava até desenganado", comemora o lavrador.

Doutor Alberto Gonzalez explica: "Os vasos da perna dele não chegavam até a intimidade do tecido, por conta do problema vascular. O suco promoveu o fenômeno denominado neovascularização, de crescer novos capilares onde não tinha".

Mas o médico alerta: "Se você está usando remédios e quer mudar para o suco, consulte um profissional médico. A pessoa que tem um problema grave de pressão arterial ou problema grave de perfusão sanguínea do próprio coração não pode parar de tomar o remédio. Eu trabalho usando remédios e o suco. Os remédios vão sendo tirados à medida que os resultados com o suco vão aparecendo. E isso depende da adesão do paciente".

Seu Benedito se empenhou de verdade para ver o resultado. Afinal, o que já seria difícil na cidade grande poderia até ser impossível para quem vive sem energia elétrica – sem um liquidificador.

"Tentei socar no pilão, mas espirrou muito. Tive que inventar outro modo. Daí, foi no ralador. Achei que foi importante", diz seu Benedito, que colhe os ingredientes, rala e espreme tudo com as mãos. "É um verdadeiro remédio. A perna sarou que é uma beleza! Não tem mais nada, está forte. Já estou imaginando até jogar bola. Eu gostava muito de jogar bola. Fazer isso todo dia é difícil, mas sem esforço ninguém consegue nada".

A germinação dos grãos é que dá força ao alimento, potencializa os nutrientes. É o que garante a mais antiga pesquisadora da comida viva no Brasil, a designer e professora Ana Branco, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). A primeira semente foi ela que plantou. Há 15 anos, Ana Branco reúne conhecimentos que ela passa adiante.

Preste atenção: é o passo-a-passo para você também aprender a germinar as sementes na sua casa.

"Colocamos a semente de girassol de molho na água. Vamos dormir e a semente vai acordar. São oito horas de molho na água. É o tempo de dormirmos e ela acordar. Na manhã do dia seguinte, jogamos a água fora e deixamos escorrendo em algum apoio por mais oito horas. Depois de oito horas de molho na água e oito horas no ar, é só darmos uma lavadinha antes de consumirmos. Podemos olhar o que aconteceu com a semente germinada. Dá para ver o narizinho que está nascendo. Nesse ponto, podemos consumir. Assim, comemos a energia vital contida nela. E ficamos forte que nem ela", diz Ana Branco.

Para ela, uma filosofia de vida que germinou e deu frutos. Muitos já aprenderam os segredos da alimentação viva em cursos e em uma feira na PUC-RJ.

"Nós começamos com o suco quando eu estava grávida da minha terceira filha. Meu marido faz o suco, fazemos para a família toda. Isso já acontece há três anos", conta a professora Rosana Cunha Pinto. "O grande barato é chamar as crianças para fazerem junto com você. Pede para uma pegar uma maçã, pede para outra segurar uma hortelã. E assim a gente vai cortando e preparando o alimento junto".

Eu bebi suco durante dez dias. E não foi difícil, mesmo fora de casa, dormindo em hotéis, comendo em restaurantes. Logo no primeiro dia, eu fiz exames de sangue que mostraram que a minha saúde vai muito bem. Taxas como colesterol e glicose, por exemplo, estão ótimas. E, por causa disso, eu resolvi não mudar mais nada na minha alimentação. No almoço e no jantar, continuei comendo o que estou acostumado e gosto: arroz, feijão, carne.

Mesmo assim, substituindo só café da manhã, o suco fez efeito. Perdi 2,1 quilos. Eu também senti outras mudanças que não podem ser medidas. A primeira: comecei a sentir menos fome nos últimos dias. E a segunda: mudança no apetite. Já não tenho tido mais tanta vontade de comidas pesadas. Pode ser resultado do suco.

http://globoreporter.globo.com/Globoreporter/0,19125,VGC0-2703-20159-3,00.html


mais sobre o tema

http://alimentacaoviva.blogspot.com/

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Sol de Primavera

Sol de Primavera
Beto Guedes

Composição: Beto Guedes / Ronaldo Bastos

Quando entrar setembro e a boa nova andar nos campos
Quero ver brotar o perdão onde a gente plantou juntos outra vez
Já sonhamos juntos semeando as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz no que falta sonhar
Já choramos muito, muitos se perderam no caminho
Mesmo assim não custa inventar uma nova canção que venha nos trazer
Sol de primavera abre as janelas do meu peito
a lição sabemos de cor
só nos resta aprender...
 

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Alegria é saúde e terapia

FALE DE SEUS SENTIMENTOS, TOME DECISÃO, SE ALIMENTE CORRETAMENTE...

Se não quiser adoecer - "Tome decisão".
A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A
indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é
feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder
vantagem e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de
doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.

Se não quiser adoecer - "Busque soluções".
Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a
lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender o fósforo que
lamentar a escuridão. Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce
existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa
que se transforma em doença.

Se não quiser adoecer - "Não viva de aparências".
Quem esconde a realidade finge, faz pose, quer sempre dar a impressão que
está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc., está acumulando toneladas
de peso... uma estátua de bronze, mas com pés de barro. Nada pior para a
saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e
pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.

Se não quiser adoecer - "Aceite-se".
A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima, faz com que sejamos
algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. Os que
não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos,
destruidores. Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas, é
sabedoria, bom senso e terapia.

Se não quiser adoecer – "Confie".
Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona. não cria
liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras.
Sem confiança, não há relacionamento. A desconfiança é falta de fé em si,
nos outros e em Deus.

Se não quiser adoecer - "Não viva sempre triste".

O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida
longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive. "O bom
humor nos salva das mãos do doutor".
Alegria é saúde e terapia.


Dr. Drauzio Varela

sexta-feira, 16 de maio de 2008

O centésimo macaco

 Nós somos seres muito preciosos e muito belos para sermos criados apenas por um instante na eternidade.  Os corpos que habitamos são veículos perfeitos que escolhemos para movimentar-nos e nos permitem participar da vida e de seu papel no plano material.  Entretanto, sucumbimos à ilusão e cremos que somos nosso corpo.  Nossa origem remonta a um longinqüo passado, recolhemos desde um tempo infinito nossa herança, esquecemos tudo, chegamos até a esquecer de nós mesmos.  Negamos com todas as nossas forças que somos essa criação, negamos o fato de sermos responsáveis pela criação.

   Criamos tudo sem cessar e somos o que pensamos.  Se imaginarmos em pensamento que nos uniremos a outra pessoa, nosso ser inteiro vibra.  Se pensarmos muito na miséria, acabamos por sofrê-la.  Se sonharmos com a alegria, ela se tornará nossa.  É assim que tecemos nosso futuro.  Todo pensamento, todo o fantasma, toda a emoção que alimentarmos engendram um sentimento em nós que é registrado e memorizado em nossos corpos sutis.

   Esse sentimento determinará as condições da nossa vida, ele atrairá as circunstâncias que lhe correspondem e que o despertarão, pois ficou armazenado em nossos corpos sutis.  Cada palavra pronunciada tece nossos dias vindouros, pois as palavras são sons que exprimem os sentimentos de nossa alma, os quais são também, por sua vez, nascidos dos nossos pensamentos.

    Ninguém é vítima da vontade ou dos projetos de qualquer ser humano.  Nossa imaginação já se apoderou de um pensamento:  “como seria isso se...?”, ou então  ela sucumbiu aos seus medos.  Ou alguém disse que isso deveria ser assim mesmo e não de outra forma, e nós o tomamos como sendo dinheiro vivo.  Nada do que nos acontece é gratuito.  São os pensamentos e as emoções que constituem a base de tudo.

   Durante milênios, diferentes entidades tentaram fazer-nos entender esse funcionamento - por meio de enigmas, de contos ou escritos - mas a maioria dentre nós recusou recordar-se.  Existem poucos dentre nós que estão prontos para assumir sua vida.  Mas o cosmos é feito assim, ele é o sistema mais perfeito, mais leal e mais justo que existe.  Ele dá a possibilidade a cada um de nós de tornar-nos nós mesmos, seja o que for que pensemos;  que somos o indivíduo o mais ignóbil ou o mais feio, o mais notável ou o mais nobre.  Colhemos o fruto de nossas palavras.  Somos o que pensamos.  Quanto mais nos desvalorizamos, mais perdemos de nosso valor.  Quanto mais subestimamos nossa inteligência mais nos bestilizamos.  Quanto mais nos acharmos feios mais seremos disformes.  Quanto mais nos sentirmos pobres mais seremos lastimáveis.  Quem é, pois o criador da vida?  Nós mesmos!

   O que a maior parte dos seres humanos engendra hoje em dia?  Nossas maiores criações são guerras, desgraças, esperanças, tristezas, miséria, ódio, discórdia, auto-rejeição, doença e morte.  A maioria de nós restringe sua vida, aceitando as idéias limitadas que se tornaram sólidas verdades que formam nossa vida.  Portanto, construímos nossa própria prisão.  Tantos humanos se isolam toda uma vida porque têm um julgamento sobre tudo, sobre seus semelhantes e principalmente sobre si mesmos.  Vivem seguindo uma moda que tem por nome beleza, rodeiam-se de objetos “que fazem bem” para não desgostar seus freqüentadores.  Não passam de crianças, vindos ao mundo simplesmente para crescer, antes de perder aos poucos sua vitalidade, tornar-se senis antes da idade e passar para o outro lado.

   Nós, grandes criaturas que fomos, eis que nos tornamos carneiros, isolamos-nos nas grandes cidades e nelas vegetamos cheios de medo, com as portas fechadas com dupla fechadura.

  Em lugar de viver em alegria e com amor, construímos grandes edifícios e desenvolvemos uma consciência que amedronta.  Criamos uma sociedade que regula e controla nossos pensamentos, nossas crenças, nossos atos e nossa aparência.  O fogo criador que vive em nós, que tem o poder de apoderar-se de um pensamento e dar vida à qualquer forma que seja, caiu em sua própria armadilha, sucumbindo às crenças, aos dogmas, às modas, às tradições, por causa dos  pensamentos  limitantes, limitantes, limitantes!     

   Temos, entretanto, a cada dia, a livre escolha de colocar a serviço do mundo nossos pensamentos, nossa imaginação e nossos sentimentos numa meta construtiva para outros e para nós mesmos.

   Demonstrarei para o leitor, pelo exemplo do centésimo macaco, o que acontecerá quando um grande número de humanos tiver atingido um potencial de consciência suficientemente elevado.

   Cientistas fizeram experiências numa ilha japonesa com um grupo de macacos.  Jogaram para os macacos batatas doces na areia para estudar seu comportamento.  Estes espalharam-nas, comeram-nas, mas perceberam o efeito desagradável que a areia produziu em seus dentes.  Um deles, mais astuto do que os outros, aproximou-se de um riacho e lavou a batata doce.

   Curiosos como são os macacos, os outros observaram-no para ver o que ele estava fazendo.  Quando perceberam que ele apreciava aparentemente o gosto das batatas doces sem areia, eles imitaram-no.  Quando os pesquisadores atiravam-lhes as batatas os macacos iam lavá-las diretamente no riacho.  Noventa e nove fizeram a mesma coisa, menos o centésimo, o Nikola Tesla dos macacos, o único que não ia ao riacho mas no mar para lavar sua batata com água salgada.  Este macaco percebeu que ela tinha muito melhor sabor com sal.  É então que aconteceu algo interessante:  não somente os macacos dessa ilha o imitaram, mas também aqueles de uma ilha vizinha situada a 90 km aos quais foram jogadas as batatas.  Eles também, iam diretamente ao mar para lavá-las.  No continente, passou-se o mesmo fenômeno.

   O centésimo macaco havia liberado um potencial de energia suficiente para que o pensamento atingisse os outros macacos da ilha vizinha.  Rupert Sheldrak designa essas transferências de “campos morfo-genéticos.”

   Encontramos esse mesmo princípio nas invenções.  Verificamos que uma descoberta realizada num país é também freqüentemente descoberta em outro país, sem que os dois inventores se conheçam.

   Trata-se aí do mesmo princípio.  Pode ser que o primeiro inventor pesquise durante décadas para fazer uma descoberta.  Uma vez realizada essa descoberta, o processo de pensamento energético terminado, a abertura está feita e esse pensamento é agora registrado a um nível energético.  Para todos os outros pesquisadores que trabalham num projeto semelhante, de agora em diante será mais fácil atingir a meta, pois o primeiro inventor, ou o centésimo macaco, fez a abertura.

   Transpondo para o nosso assunto, isso significa que quando um número suficientemente grande de seres humanos na terra houver alcançado um nível de consciência mais elevado, será mais simples para o resto da humanidade chegar a esse ponto. Os pioneiros construíram certo potencial, que se transmitirá automáticamernte para todos os outros;  isto também faz parte da lei de ressonância.

   A maioria dos seres humanos tem o seguinte raciocínio:  Sim, mas sozinho não posso mudar nada!  O exemplo precedente demonstra que poderíeis ser vós o centésimo macaco, graças a vossa intuição ou a uma descoberta que ireis fazer.  Pode ser que outras pessoas já tenham trabalhado antes de vós para encontrar uma solução de um problema, mas não conseguiram fazer uma abertura.  Pode ser que só precise do esforço de uma única pessoa para que os outros encontrem essa solução.  Vossa contribuição pode parecer, num primeiro instante, insignificante.  Talvez ireis conseguir dominar vosso ciúme ou libertar-vos de uma dependência ou então estais no ponto de fazer uma descoberta?

  Também tive a seguinte preocupação:  Por que escrever um livro sobre um assunto tabu?  Por que deveria eu, aos 26 anos, ter o trabalho de escrever um livro sobre esse assunto difícil, enquanto que outros autores renomados o escreveram sem ter sucesso?  Mas é talvez precisamente esse livro, impregnado com todos meus esforços, com todo o meu trabalho, com todos  os meus pensamentos e todos os meus sentimentos, que era necessário para que os autores precedentes vissem seu trabalho coroado de sucesso, para que o potencial energético se libere.

   É como gota d'água que faz transbordar o vaso.  É, portanto, uma gota perfeitamente comum, parecendo-se perfeitamente com as outras, que vai romper a superfície da água e a fará transbordar.

   Vede, não é necessário ser absolutamente conhecido ou ser “alguém em particular” para ser um herói.  O centésimo macaco não pensou que ele seria o desencadeador do processo.

extrato de

sábado, 26 de abril de 2008

Tornando seus filhos líderes

"Como tornar seus filhos, crianças ou já adolescentes, líderes de suas vidas"
Há alguns dias, estive no lançamento da mais nova obra de John Maxwell, chamado Livro de Ouro da Liderança, reunindo os princípios mais importantes destilados em cerca de 40 anos de estudos. Maxwell já vendeu mais de 13 milhões de livros, e escolheu o Brasil para lançamento de seu trabalho mais recente.

Durante o talk show organizado pela Thomas Nelson Brasil, na livraria Cultura, alguém perguntou como poderia ajudar seus filhos a liderarem suas vidas.

Maxwell pensou um pouco e disse: "quando eu era menino, os garotos da vizinhança recebiam mesada para jogar o lixo da casa, cortar a grama ou arrumar a bagunça do quintal. Então, fui até meu pai e disse: 'o filho do vizinho recebe uma mesada para ajudar em casa. Eu acho que mereço também'. Ele me olhou nos olhos e respondeu: 'você faz parte da família, John, e o trabalho de casa todos nós fazemos e ninguém recebe por isso. Se você acha que tem que receber, antes vou descontar o seu custo, que inclui os nove meses que sua mãe o carregou na barriga. Você ainda vai ficar devendo'.

Nunca mais pedi mesada pelo trabalho em casa, continuou Maxwell. Mas meu pai pagava uma mesada. Só que era diferente. Ele pagava a mim e meus irmãos para nós lêssemos livros. Ele trazia um livro para cada um de nós. Então, todos os dias durante o jantar tínhamos que falar sobre as idéias do autor e qual nossa opinião sobre o capitulo que havíamos lido.

Assim, todos os dias líamos algumas páginas e falávamos sobre isso ao jantar. Quando terminávamos o livro, meu pai dava o preço de capa do livro para nós, em mesada. Assim, se um livro custava o equivalente a 30 reais, era o que ele nos pagava, depois de terminada a leitura. Isso nos ensinou a ler e entender os livros - coisa que muitos garotos americanos não conseguem fazer hoje - porque tínhamos que explicar o que estávamos lendo, para ele e minha mãe. Além disso, aprendemos a terminar os livros, o que hoje os especialistas chamam de acabativa, que é o que falta para muita gente. Até porque, para que pudéssemos receber a mesada, tínhamos que ler até a última página.

Em terceiro lugar, aprendi a não trocar dinheiro pelo tempo de trabalho, como faz a maior parte das pessoas, mas pela qualidade do meu trabalho. Trabalhamos muito tempo em muitas situações diferentes de graça, para outros, apenas para que pudéssemos aprender alguma coisa. Isso deixou meu irmão milionário. E eu e minha irmã também não podemos reclamar. Já vendi mais de 13 milhões de livros - e olha que faço isso no meu tempo livre.
Até hoje somos voluntários em alguma atividade.

Por último, descobri que isso me tornou muito mais maduro, na escola e na vida. Eu não era, nem sou, mais inteligente que os outros, nem memorizava melhor as informações. Também não tirava notas mais altas que meus colegas.

Mas descobri que isso não é tão importante. Descobri que nossas escolhas é que são importantes. Quando olhava para as escolhas dos meus colegas, me perguntava como podiam fazer escolhas tão pobres. Quando os via trocando a chance de aprender mais, por alguma festa, um show, ou mais uma saída com os amigos, mais uma loucura qualquer, na universidade, comecei a ver que eu era diferente. Quando os via torrando seus últimos dólares em um carro, ou em alguma idéia mirabolante, achava incrível seus valores - ou a falta deles. Tinha me tornado diferente, porque passei anos lendo o que eles não leram, aprendendo o que eles não aprenderam e escolhendo ficar com pessoas que sabiam muito mais que eu, e não as mais populares.

Meu pai também aparecia na escola, no meio da aula, e me tirava para assistir alguma palestra ou seminário de algum palestrante famoso que estava na cidade. Se era grátis, nós estávamos lá. Se dava para pagar, também. Os professores não entendiam porque ele nos ajudava a "cabular" aulas, mas ele dizia: a aula você pega com um colega. Assistir esta palestra novamente, talvez demore anos'. Assim, em aprendia o que ninguém aprendia, porque meus irmãos e eu éramos os únicos adolescentes nestas palestras.

Fiz isso com meus filhos que, hoje, fazem com meus netos. Eu os pagava para que pudessem ler e os levava para palestras, seminários e workshops nos quais nenhum pai pensaria em levar os filhos. Porque informações nossos filhos terão na escola, na internet ou em alguma enciclopédia. Mas as escolhas que eles farão depende daquilo que existe dentro deles. E isso é marcado pelas pessoas que os cercam, pelos livros que eles tiverem lido e pelo tempo de qualidade que viveram com pessoas dispostas a ajuda-los. Isso, nenhuma escola vai ensinar.

Todos os adolescentes que se tornam felizes, equilibrados em bem sucedidos, fazem escolhas poderosas - algumas vezes, muito difíceis e impopulares".

Escolhas. Maxwell destaca a importância das escolhas para a sua vida e a de seus filhos. Ajude os adolescentes a fazerem suas próprias escolhas, e eles saberão como fazer o resto. Em seus casamentos, em seus empreendimentos e em sua vida interior.



Aldo Novak
http://www.aldonovak.com.br

Este é um extrato de um boletim da Academia Novak
Você recebeu a partir de um amigo.
Se quer receber os boletins na integra diretamente, sem pagar nada, envie uma mensagem vazia para
assinar-aldonovak@grupos.com.br.

* Somos livres para escolher, mas prisioneiros das consequências ** 

quarta-feira, 12 de março de 2008

O homem sábio...

O homem sábio age no plano físico, mas não pertence a ele, sua
morada verdadeira é no Cosmos.

Contudo, encarna na Terra por amor e é
um canal de paz para a humanidade.

Quando lhe perguntam qual a técnica de viver correto, ele indica o
"caminho dos quatro passos":

Buscar o espaço sideral (expansão da consciência).
Acender o coração ("Amai-vos uns aos outros").
Integrar-se com a Terra (manter os pés no chão e viver com equilíbrio).
Ativar os chacras (melhorar a própria vibração e fazer o corpo espiritual brilhar como ouro espiritual).

E quando alguém lhe diz que os quatro passos são difíceis, ele
simplesmente responde que o amadurecimento da consciência não é
simples, mas o esforço vale a pena, pois o prêmio é inigualável:
Amor no coração, paz na alma e a admiração da vida.